Coluna da Diretora | dezembro 2024
Aproxima-se aquela época do ano em que desejamos felicidade uns aos outros.
A quem conhecemos e a quem não conhecemos.
A quem gostamos e a quem não gostamos. Às vezes custa, mas fazemos sempre um esforço. É assim e ainda bem.
Este ano que acaba foi muito bom para o Museu. Foram muitas, mas se tivesse de destacar três iniciativas, estas seriam:
- a organização do encontro ‘Museus e Democracia’, em abril, integrado nas comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril;
- a assinatura do protocolo com os museus de Angola, em junho, essencial para o trabalho de resignificação das nossas coleções coloniais; e
- termos conseguido apoiar o Professor Galopim de Carvalho, Diretor Emérito do Museu, no seu sonho de começar a ver o Monumento Natural de
Ourém-Torres Novas (‘Pedreira do Galinha’) devidamente valorizado.
Pelo meio, dois trabalhadores aposentados do Museu – Liliana Póvoas e César Lopes – foram premiados pela Associação Portuguesa de Museologia em 2024.
Junto com a Universidade do Porto, a Universidade de Coimbra e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, demos mais 10 bolsas de doutoramento PRISC-FCT em 2024 – outras 10 se seguirão em 2025. Começámos novos projetos que vão tornar o Museu mais inclusivo, diverso e inovador.
E tantas coisas mais.
Não conseguimos nada disto sozinhos.
A quantidade de instituições públicas e privadas, investigadores, estudantes, voluntários, artistas residentes, associações comunitárias e grupos sociais com quem trabalhámos, para além das escolas e serviços da Universidade de Lisboa, bateu todos os records em 2024 e é demasiado extensa para enumerar aqui.
Demonstra clara e inequivocamente que o caminho a seguir é abrirmo-nos ainda mais à sociedade, estarmos atentos e ouvirmos as pessoas, uma a uma.
Muito obrigada por terem estado connosco.
Continuaremos em 2025.
Ao longo dos anos, o Museu tem participado em muitas campanhas de solidariedade.
Ontem, tive a enorme alegria de ir entregar centenas de brinquedos recolhidos pelo Museu para o Natal das crianças do bairro do Segundo Torrão, na Trafaria. Trata-se de um bairro da margem sul, que o Museu ‘adotou’ há cerca de dois anos, e onde os recursos, condições de vida, trabalho e acessibilidades não são nada fáceis.
Temos o bairro, e em particular as suas crianças, no coração.
Boas Festas e um excelente Ano de 2025 para cada um de vós.
Marta Lourenço, Diretora
19 de Dezembro de 2024