Sobre este objeto ressurgido permanecem muitas questões por responder, só possível com a participação ativa de especialistas, curiosos, amadores.
O que pode ser mais misterioso do que uma caixa negra, um não objeto, um objeto sem informação aparente? Ou ...
… com muita informação ?
Esta caixa de metal concentra muitas marcas de um incêndio.
Desconhecem-se as circunstâncias da vida concreta deste objeto, se foi contemporâneo do incêndio de 1975 ou de 1978 no museu. Sabemos que os incêndios provocam descontinuidades com o passado.
Se a ação humana e as catástrofes naturais forçam a quebra de comunicação com o passado, este Objeto evoca a disponibilidade para comunicar, independentemente da aparente riqueza de informação que possa possuir.
Quando falamos de Memória, está subjacente a seleção do Património a “perpetuar”, em detrimento de outro, numa tentativa contemporânea de compreender e de relacionar o conhecimento do passado com o nosso presente, contribuindo para a construção de novas interpretações e continuidades, numa sociedade em mudança.
Sobre este objeto ressurgido permanecem muitas questões por responder, só possível com a participação ativa de especialistas, curiosos, amadores.
O objeto remete portanto para todos os que estão por descrever e (re)conhecer, inventariar, partilhar, em bibliotecas, arquivos e museus.
Primeira tentativa de descrição:
Caixa de telefone público, queimada num incêndio da Faculdade de Ciências. De notar no cofre lateral a moedas fundidas pelo calor das chamas.
Encontrava-se no depósito da biblioteca, desconhece-se a data em que para ai foi transportada, pois esta parte do edifício não sofreu danos de maior com o incêndio…
…alguém continua?