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Rui Abreu (1962-2023)

A tristeza que nos invadiu esta semana foi desmesurada. Após uma doença longa e muito penosa, o Rui Abreu, que trabalhava no Museu desde os finais dos anos 90, morreu no passado sábado.

Antes de trabalhar connosco, o Rui fez muitas coisas: fez Escultura nas Belas Artes, deu aulas de Geometria Descritiva no Liceu Pedro Nunes, foi topógrafo e trabalhou nos Arquivos da RTP, entre outras. No Museu, dava apoio a uma exposição exigente, quer do ponto de vista técnico quer de visitantes: a exposição participativa de física. O Rui era a pessoa certa no local certo, não só porque o espaço se prestava ao enorme talento que tinha com as mãos, mas também pela simpatia com que acolhia todos os visitantes.

Em linhas muito gerais, talvez fossem estes dois traços da personalidade do Rui que mais marcaram todos quantos o conheceram. Por um lado a sua simpatia, encanto e boa disposição. Tinha sempre um sorriso e uma palavra agradável para oferecer, mesmo quando a doença o apanhou.
Por outro lado, a sua arte, que se foi traduzindo, ao longo dos anos, numa extraordinária obra escultórica. O seu suporte favorito era a madeira, muita dela recolhida dos despojos do Jardim Botânico de Lisboa. As magníficas esculturas ficam como legado e testemunho da sua fantástica criatividade e talento.

Deixa-nos muitas memórias e saudade, para além de uma grande gratidão por tudo o que fez no Museu.

Marta Lourenço, Diretora
17 Outubro 2023