Uma exposição que pretende mostrar a importância do movimento estudantil para a democracia portuguesa.
No dia 24 de março de 1962, o Estado Novo proibiu as comemorações do Dia do Estudante e a polícia ocupou a Cidade Universitária, em Lisboa. Os estudantes tentaram reagir à forma como o regime de Salazar impedia, pela força, que se assinalasse aquele dia simbólico. Por que decidiu a ditadura enfrentar os estudantes em 1962? Esta pergunta suscita, ainda hoje, várias respostas.
A exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril” pretende mostrar a importância do movimento estudantil para a democracia portuguesa.
Filmes originais guardados nos arquivos da Cinemateca, sons da rádio pública, fotografias censuradas que nunca puderam ser impressas nos jornais, textos escritos às escondidas e distribuídos com regras de segurança apertadas, autocolantes artesanais e muitos outros objetos de valor histórico, recolhidos em coleções privadas e arquivos pessoais, estarão em exibição nos monitores, pontos de escuta e vitrines.
Esta viagem multimédia inclui ainda um mural de homenagem aos mais de 900 estudantes presos durante a ditadura.
Coordenada por Álvaro Garrido, professor de História da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e autor de obras de referência sobre este período histórico, uma equipa de três historiadores (Ana Sofia Ferreira, Francisco Henriques e Gil Gonçalves) e um jornalista (Paulo Pena) produziu, com conceção e realização museográfica de António Viana, uma detalhada cronologia dos acontecimentos dessas “Primaveras Estudantis” que abalaram a ditadura e formaram civicamente várias gerações.
A par desta Exposição acontece, na Reitoria da Universidade de Lisboa, a 24 de março, o Colóquio "Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril".
Organização
Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril
PROGRAMA ASSOCIADO
VISITAS ORIENTADAS
27 março, 11h30
Visita orientada com o Comissário Álvaro Garrido
Mais informações aqui.